
Por: Gabriel Oliveira (O
papa-léguas da Notícia)
Com informações: Secretaria
de Saúde
A Brigada Itinerante Estadual de Combate à Dengue operou nesta
segunda e terça-feira (14 e 15) em Poço Verde. A Secretaria de Estado da Saúde
(SES), através da Fundação Estadual de Saúde (Funesa), já capacitou 100 agentes
de saúde que atuarão como apoio aos municípios no enfrentamento ao mosquito
causador da Dengue, Zica e Chikungunya.
Na próxima quarta, quinta e sexta-feira (16, 17 e 18) será a vez do
município de Canindé do São Francisco. A Força-tarefa tem o objetivo de
eliminar os criadouros para impedir o ciclo de vida do mosquito Aedes Aegypti e
reduzir, assim, a incidência das Arboviroses.
Aedes aegypti, um
mosquito inteligente
O mosquito da dengue, apesar de
parecido com a muriçoca ou pernilongo, tem suas particularidades. Enquanto a
muriçoca desova cerca de 300 ovos de uma só vez na água, a fêmea do Aedes
aegypti distribui seus ovos por lugares diferentes.
“A fêmea
do Aedes é diferente e mais esperta, quando aparece numa lavanderia não desova
apenas na água, ela coloca uma parte dos ovos na parede, procura outro
criadouro e deposita outra parte, e vai espalhando sua desova para que o
predador não consuma todos os seus ovos”, afirmou Edvaldo Maciel, supervisor da
Brigada Itinerante.
Originalmente brancos, os ovos
depositados na parede, em uma ou duas horas, assumem a cor do
local, numa camuflagem perfeita, dificultando serem vistos. “O morador não
consegue ver, além de se camuflar, são minúsculos e, para destruí-los, só com a
parte mecânica, esfregando com força o local com bucha e com água sanitária”,
explicou o supervisor.
Esses
ovos podem ficar na parede durante dois anos e, quando em contato com a água,
nascerem perfeitos. “Há muita falta de conhecimento, temos que mostrar
que os ovos podem ficar ali por muito tempo, os ovos ficam só esperando o
contato com a água para eclodir perfeitamente”, reforçou Maciel.
Outra questão importante é o acúmulo
de lixo nos quintais. “É muito importante também a questão do lixo urbano como
copos descartáveis, caixinha de ovo, que estão juntando no fundo doo quintais,
transformando-se em criadouro para a larva do mosquito. Nós mostramos a
situação, a parte educativa, mostramos como se limpa, e o último recurso é o
tratamento químico. Então, a gente trata e ensina o que fazer para esse índice
não aumentar e acreditamos que, com essa nossa visita, a tendência é baixar”,
concluiu o supervisor.
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